terça-feira, 15 de novembro de 2011

Que é o latim?

A maior parte das línguas da Europa e certas línguas da Ásia derivam de um troco comum que a linguística comparativa chama de indo-europeu. Tais são:
  1. as línguas do grupo indo-irânico (sânscrito, antigo-persa, etc.);
  2. o grego;
  3. o grupo ítalo-celta, que compreende, ao lado das línguas da itália (osco, umbro, latim), os dialetos célticos (entre os quais o gaulês);
  4. o grupo germânico alemão, inlgês, neerlandês ou flamengo, línguas escandinavas);
  5. o grupo eslavo (russo, polonês, tcheco, búlgaro, servcroata), ao qual importa juntar o grupo báltico (lituano).
Pequena história do latim.

A língua latina, falada desde os tempos pré-históricos, começou a adquirir uma forma literária apenas pelo início do século III a.C. Nessa época criou-se uma língua escrita, que se transformou lentamente. Da mesma forma que o potuguês escrito por Camões não é o português de Vieira e menos ainda o de Machado de Assis, assim também se distinguem certos períodos na história do latim.
  1. Período arcaico (entre o século III e o início do século I a.C.), com Catão e, sobretudo, com os dois grandes escritres cômicos, Plauto e Terêncio.
  2.  Período clássico (entre o início do século I a.C. e o início do Império), com Cícero, César, Salústio, Cornélio Nepos, etc…
  3. Período pós-clássico (a partir do início de nossa era), com Tito Lívio, Sêneca, Quinto cúrcio, Plínio, o Antigo, Quintiliano, Tácito, Plínio, o Jovem, Suetônio, etc…
  4. Período cristão (apartir do século II de nossa era, aproximadamente), com Tertuliano, Sto. Agostinho, S. Jerônimo, etc…
No entanto, ao lado da língua escrita ou literária existia uma língua falada, bem mais livre, que nos é conhecida sobretudo pelos textos não literários e pelas inscrições. Essa língua se transformava mais rapidamente que a outra. Foi ela que deu origem às línguas românicas (português, espanhol, catalão, provençal, francês, rético, italiano, dalmático e romeno). Sua influência se exerceu sobre certos autores, em tal ou qual de suas obras, por exemplo na Correspondência de Cícero, que admite construções sintáticas banidas dos discursos ou dos tratados. Ela se torna preponderante a partir da éopca cristã.

Os poetas escrevem uma língua mais livre que a dos prosadores. Recorrem a arcaísmos, às vezes a construções imitadas dos gregos (helenismos). Em particular, a ordem das palavras é neles bem menos estrita que na prosa.

É a língua de Cícero e de César que se toma tradicionalmente como modelo de correção e de pureza.


(fonte: Gramática latina / A. CART P. GRIMAL J. LAMAILSON R. NOIVILLE. Traduçaõ e adaptação de Maria Evangelina Villa Nova Soeiro. -São Paulo: T. A. Queiroz: Ed. da Universidade de São Paulo, 1986)

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